Adriane Galisteu comenta sobre a série “Senna” da Netflix e a tentativa de excluir sua história
- Robert Murph
- 1 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
A minissérie “Senna” da Netflix, lançada recentemente, gerou polêmica ao minimizar a presença de Adriane Galisteu na vida do piloto Ayrton Senna. A apresentadora, que manteve um relacionamento com Senna nos últimos 18 meses de sua vida, finalmente se pronunciou sobre a controversa representação de sua história na produção. A ausência significativa de Galisteu, contrastando com a presença mais destacada de outras figuras como Xuxa Meneghel, reacendeu o debate sobre a narrativa oficial da vida do tricampeão de Fórmula 1 e o papel da família Senna na construção dessa narrativa.

A polêmica em torno da série se intensificou após a revelação de que a irmã de Ayrton, Viviane Senna, teria pressionado a Netflix para diminuir a importância de Galisteu na série. A intenção, segundo relatos, era evitar uma representação mais completa do relacionamento, que a família não regular como um casamento. Embora a Netflix tenha inicialmente considerado a possibilidade de não incluir Galisteu, a decisão final foi por uma presença discreta, mas presente, na série, gerando apenas 2 minutos e 34 segundos de reunião – uma quantidade irrisória em comparação com outros personagens.

Galisteu reagiu discretamente, postando emojis de coração em uma publicação da atriz Julia Foti, que a interpreta na série, e compartilhando o vídeo nos Stories do Instagram com a legenda "Gosto muito dela". No vídeo, Julia lê trechos do livro "Caminho das Borboletas - Meus 405 Dias ao Lado de Ayrton Senna", escrito por Galisteu, detalhando momentos íntimos e marcantes do relacionamento. A escolha de Galisteu de responder dessa forma, sem críticas diretas, sugere uma postura mais reservada, mas não menos significativa, diante da polêmica.
A série "Senna" também destaca a presença de outras mulheres na vida do piloto, incluindo Xuxa Meneghel, que teve um relacionamento mais breve com Senna. A comparação entre a representação de Galisteu e Xuxa na série reforça a percepção de que houve uma tentativa de silenciar a história de Adriane, que, para muitos, é parte essencial da narrativa completa da vida de Ayrton Senna. A ausência de um retrato mais profundo do relacionamento com Galisteu levanta questionamentos sobre a objetividade da série e a influência da família Senna na construção da imagem do piloto para as futuras gerações.
O caso reacendeu também o debate sobre a relação de Senna com outras mulheres, como Lilian de Vasconcellos Souza, cuja personalidade na série também foi questionada por alguns. A ausência de um aprofundamento sobre as relações amorosas de Senna, além de Galisteu, gera incoerências na narrativa, e levanta a questão de como a série escolhida retratar a vida pessoal do ídolo, deixando de fora informações relevantes para um retrato mais completo do homem por atrás do mito.

Em resumo, a polêmica envolvendo a participação de Adriane Galisteu na série “Senna” da Netflix expõe a complexidade da construção da memória pública de figuras icônicas e o potencial de manipulação narrativa, mesmo em produções que se pretendem biográficas. A ocorrência discreta, mas significativa, de Galisteu, juntamente com as críticas de fãs e especialistas, reforça a necessidade de uma abordagem mais equilibrada e abrangente na representação da vida de Ayrton Senna, incluindo todas as suas relações, sejam elas longas ou breves, para uma compreensão mais completa da sua história. A ausência de uma perspectiva imparcial na série levanta questionamentos sobre a influência da família Senna na produção, e a própria necessidade de uma contra-narrativa que complemente a versão apresentada pela Netflix. O debate continua, e a história de Ayrton Senna, assim como sua relação com Adriane Galisteu, permanece um tema de intenso interesse público.
Comentários