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Investigação revela que socialite sofreu traumatismo após submeter testamento nomeando ex-motorista como herdeiros

Uma investigação chocante no Rio de Janeiro revelou uma possível ligação entre um traumatismo craniano sofrido por uma socialite e a assinatura de um testamento que nomeava seu ex-motorista como herdeiros. O caso, que ganhou destaque no Fantástico da Globo, levanta suspeitas de tentativa de assassinato e fraude.

A socialite carioca, Regina Gonçalves, uma mulher de posses consideráveis, vive atualmente com apenas R$ 1.400 do INSS, um contraste gritante com sua fortuna anterior. Em janeiro de 2024, ela fugiu de um apartamento próximo ao Copacabana Palace, denunciando que seu ex-motorista, José Marcos Chave Ribeiro, a mantinha em cárcere privado, controlando suas finanças e restringindo sua liberdade.


A situação se agravou quando José Marcos apresentou uma escritura de união estável com Regina, apesar da separação já decretada pela Justiça. Ainda mais preocupante, ele tentou interditar Regina, alegando incapacidade mental, e fez um testamento de que o nomeava como único herdeiro de seu patrimônio. Nove dias após a assinatura deste documento, Regina sofreu um grave acidente doméstico. Enquanto José Marcos ajudava a manusear uma cortina, ela levou uma forte pancada na cabeça, resultando em hemorragia subdural e necessidade de cirurgia. Curiosamente, seus familiares não foram notificados do incidente.

O laudo médico confirmou o traumatismo craniano, e a promotora de Justiça Eyleen Marenco, ao comentar sobre o caso, destacou a coincidência perturbadora entre a assinatura do testamento e o acidente. "É um grande incidente que tenha sido celebrado um testamento colocando-o como beneficiário uma semana antes desse acidente, ou então coisas que teriam que parecer um acidente. Para que ele pudesse ser herdeiro dela, ele tinha que fazer valer o testamento e primeiro que a Pessoa, a vítima, falecesse. Então, a morte não poderia ser uma morte que pudesse não parecer natural”, afirmou a promotora.


A investigação policial aponta para a manipulação deliberada da saúde de Regina por parte de José Marcos. Ele demitiu todos os funcionários da casa, restringindo a alimentação de Regina a uma única sopa diária, encontrada congelada na residência. Sua advogada, Beatriz Abraão de Oliveira, relatou a situação precária em que conheceu Regina: sem alimentação adequada e sem medicação. "Ela não estava se alimentando, ela não estava tomando medicação nenhuma. (...) Ela saiu em situação total assim de uma pessoa que não estava nem consciente mais do dia a dia dela", declarou a advogada.


A investigação também revelou que José Marcos sacou milhões da conta bancária de Regina e foi considerado foragido da Justiça. O Ministério Público denunciou tentativa de feminicídio, crime contra a liberdade pessoal e contra o patrimônio. Além de José Marcos, outras oito pessoas, incluindo três advogados, foram proibidas de se aproximarem de Regina e dos seus familiares por pelo menos 500 metros. Os advogados negaram qualquer irregularidade, afirmando que atuaram dentro da lei.


Este caso, além de destacar a violência contra mulheres e a fragilidade da justiça em proteger os mais vulneráveis, levanta sérias questões sobre a manipulação e fraude em testamentos, demonstrando a necessidade de maior vigilância e proteção em casos de herança e sucessão. A investigação continua em andamento, na esperança de trazer justiça para Regina e responsabilizar todos os envolvidos neste crime repugnante. A busca por José Marcos e a elucidação completa dos fatos são cruciais para garantir que a justiça prevaleça e que casos como este não se repitam.

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