Presidente da Coreia do Sul cancela lei marcial após medida anular do Parlamento
- Robert Murph

- 4 de dez. de 2024
- 3 min de leitura
Em um desenvolvimento surpreendente que abalou a Coreia do Sul e gerou repercussão internacional, o presidente Yoon Suk Yeol decretou lei marcial na terça-feira, 3 de dezembro de 2024, apenas para revogá-la horas depois, após uma eliminação unânime do Parlamento. A decisão, inicialmente justificada como uma medida para proteger a "ordem democrática constitucional" e combater supostas ameaças da oposição, desencadeou uma onda de protestos, críticas e, por fim, a anulação da medida pelo próprio presidente. Este artigo analisará os eventos que levaram a essa reviravolta dramática e suas implicações para a política sul-coreana.

A Declaração da Lei Marcial: Um Ato Polêmico
O anúncio da lei marcial pelo presidente Yoon Suk Yeol escolheu uma nação surpresa. Em um discurso na noite de terça-feira, ele acusou a oposição de tentar sabotar seu governo, justificando a necessidade de medidas extremas para preservar a ordem. A lei marcial, que suspendeu temporariamente os direitos civis e o funcionamento do Congresso, foi imediatamente rompida, com o Exército mobilizado e tomando algumas posições estratégicas.
A ocorrência popular foi imediata e contudente. Manifestantes tomaram as ruas de Seul e outras cidades, expressando sua indignação com o que muitos consideravam um golpe de Estado. A oposição política, por sua vez, denunciou a ação do presidente como um abuso de poder e um ataque à democracia sul-coreana. A rápida mobilização popular e as fortes publicações da oposição evidenciaram a fragilidade da justificativa apresentada por Yoon.
A Rejeição Unânime do Parlamento e a Revogação da Medida
A resposta do Parlamento foi decisiva. Numa votação emergencial, os deputados rejeitaram unanimemente a lei marcial, demonstrando uma unidade política contra a iniciativa presidencial. Essa reunião, seguida por uma pressão intensa da sociedade civil e da comunidade internacional, pressionou o presidente a rever sua posição.
Passadas poucas horas do decreto inicial, Yoon Suk Yeol anunciou a suspensão da lei marcial, admitindo que a medida não havia sido bem recebida pela população e que o Comando da Lei Marcial havia recuado. A decisão, embora tenha evitado uma crise institucional mais profunda, deixou o presidente em uma posição extremamente vulnerável.
Consequências e Implicações para o Governo
A tentativa fracassada de importância a lei marcial teve consequências imediatas e de longo prazo para o governo sul-coreano. Diversos assessores do presidente, incluindo o chefe de gabinete e membros do Ministério da Defesa, ofereceram as suas renúncias, assumindo a responsabilidade pela crise. A oposição, por sua vez, apresentou uma moção de impeachment contra Yoon Suk Yeol, buscando sua destituição do cargo.
A situação expõe a crescente polarização política na Coreia do Sul, e o episódio pode ter impactos significativos nas eleições futuras. A popularidade do presidente Yoon caiu significativamente após a decisão controversa, e sua capacidade de governar foi significativamente abalada. A imagem internacional do país também sofreu, com a comunidade internacional expressando preocupação com a fragilidade das instituições democráticas sul-coreanas.
Análise e Perspectivas
A decisão de Yoon Suk Yeol de decretar e posteriormente revogar a lei marcial é um caso político emblemático de um erro de cálculo grave. A falta de apoio popular e a ocorrência rápida e unida do Parlamento demonstram a força das instituições democráticas sul-coreanas e a capacidade da sociedade civil de se mobilizar contra abusos de poder. O futuro político do presidente Yoon permanece incerto, e a Coreia do Sul enfrentará um período de instabilidade e incerteza política. A investigação sobre os motivos por trás da decisão de Yoon, e as consequências de suas ações, certamente dominarão o cenário político do país nos próximos meses. A questão central que permanece é se a democracia sul-coreana conseguirá superar essa crise e se fortalecer contra futuros abusos de poder.

















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